Ao solo que habito
Brota da terra o grão sagrado
Assim surge mais uma vida
Vida que nasce para servir
Se tornar pão
Nada muda seu destino
Mas enquanto isso, aproveita os dias imaturos de vento, sol e chuva...
Até o dia da colheita.
Da lâmina o corte mais profundo
Dos olhos, a triste certeza
Que assim se concretiza o destino
Que nada volta o tempo
Que o sacrifício é um bem para a maioria
A energia que nutre ressurge num imenso ciclo
De criação, destruição e transformação.