Solidão vermelha
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Crivo meu olhar no cimentado chão;
chão de estranhezas térmicas.
Humilhado, sigo meu séquito desejo...
O que busco nem mesmo sei.
Ao chão, silente, de garboso vermelho,
tinha uma folha, perdida no deserto.
A brisa me sopra.
Sorvo ar de puro e invisível hálito.
Revisto-me de mais incertezas.
Que bons ventos, levianos,
trouxeram-me tão amável singeleza?
Preciso de incertezas,
urge prosseguir...
Na dimensão terrena,
do cimentado pano da cidade,
tenho, dentro de mim,
ingênuo coração que pulsa,
buscando estar a dois.
Iguatu-CE, 30 de janeiro de 2014.
13h20min
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