ASSIM
Sem destino, sem volta, sem porto ou planos de voltar - apenas vou,
de mãos nos bolsos, coração ao lado, olhar perdido.
Mapas não tenho, curso não sigo,
apegos não quero; porque viver
no desapego é mais seguro e
viver por viver faz agora, cada vez
mais sentido.
sem rotas, sem planos e apenas – um rio
de sonhos e lembranças, que nem
a esperança faz com que baste p’ra ser feliz.
E nem os versos que escrevo são mais que pedaços
de tanto que quis ser mas nunca fui;
de tanto que quis ver, mas nunca vi;
de tanto que quis ter, mas nunca senti.
E eu não sou tão forte como esperam que seja; e o horizonte
que me vez no rosto é tudo o que me faz
ainda ter vontade p’ra partir sem rumo,
rumo a um mar distante onde
se afogam as lágrimas que já não choro, por não ser capaz de ficar aqui,
onde deixo todas as amarras e todos os motivos,
que um dia deram sentido aos dias que passei
contigo. que morram cada um, um a um...