Tem sempre saída
Um dia, amanheci perdido,
Já não tinha no rosto alegria
e no corpo muito cansaço.
Só Deus talvez entendia
tudo aquilo que eu sentia,
no mundo, perdi o espaço.
Um corpo só no abandono,
sentindo o calor e o frio,
por todo canto estilhaço.
Perdido assim me sentia,
trocando a noite pelo dia,
sem entender os meus passos.
Quando o desespero chegava,
revidava em todo mundo,
galopando só, no cangaço.
Uma luta sem vencedor,
no desespero da dor e,
na dureza do aço.
Pro mundo, totalmente invisível,
para mim, eu nem existia,
minha vida enfim, um fracasso.
Meus olhos quase fechando,
o corpo devagar definhando,
da veste somente o chumaço.
Nem mesmo acreditei,
quando algo me tocou,
A Deus perguntei: _ O que faço?
Ele nada respondeu,
Foi quando, alguém me acolheu,
Com a força de um grande abraço!