CHEIRO DE VIDA NOVA

O peito apertado

Olhava pela janela

O céu fechado e escuro

Sem estrelas, acinzentado

A tristeza às vezes invade

Escuro também fica

O meu coração amedrontado.

É tão difícil dormir

Tem algo a ser resolvido

No silêncio da noite

Descobrem-se anseios tolhidos

A situação fica gigante

Meu peito sofre ofegante

Não é fácil segurar o suspiro

Ambigüidade, impotência!

Pouco a pouco percebendo

Minguando minha resistência!

Pela janela um vento sul

Vem soprando e me rendendo

Quero sair, vou escapar

De tudo vou-me esquecendo

Uma chuva começa a cair

Dizendo-me se aquiete aí.

A chuva tem gosto de novidade

Tem cheiro de vida nova

Vai brotar, vai nascer

Vou colher o que a chuva vai trazer

Há tempo pra sobreviver

A fé é pra quem crer!

FATIMA KALIL
Enviado por FATIMA KALIL em 18/12/2013
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