Esperança
Um certo Eremita perguntou
Ao homem que por ali passava!
- Amigo, me diga, se ao dobrar a esquina
Se deparasse com o Papai Noel,
O que a ele de natal pediria?
Sem hesitar respondeu!
- Apenas, uma pena, um tinteiro
E uma folha de papel!
- E por quê?
Indagou o Eremita!
- Para levar ao mundo um pouco de poesia,
Tentando mostrar que na violência
Não existem vencedores ou vencidos,
Que a ganância, a arrogância, a prepotência,
E o egoísmo devem ser banidos
De mentes e corações, dando lugar a esperança,
Ao movimento e o som de mares e marés
Beijando a praia, mariolando por um novo amanhã!
O Velho inclinou-se
E de uma antiga bolsa de pano
Tirou um pacote dizendo ao homem;
- Pegue leve para o teu filho!
- Mas quem és tu e por quê
Devo aceitar o presente e leva-lo
Ao meu filho?
- Porque sou eu o Papai Noel!
Em silêncio o homem seguiu seu caminho!
Já em casa o homem senta-se no chão
Com seu filho e pergunta;
- Filho queres ganhar o que neste natal
Do Papai Noel?
Ah, pai, eu quero um monte de lápis de cor
E um papel grande e branco!
- E para que meu filho?
Pergunta o pai!
- Poxa pai, para desenhar
Um mundo bem grande, colorido,
Cheinho de paz, de luz, de amor...
Muito Amor,
Um mundo sem misérias,
Sem sangue pelo chão!
De olhar úmido o pai
Abraça seu filho!
13/12/2013
Porto Alegre - RS