Quando....

Quando me abandono , subitamente,

No negro espaço do alheio.

E, simplesmente, receio

Estar perdido no nada.

Se tudo que desejo é Nada,

E não tão somente:

-Eu creio.

Esquerda ou direita:

-Não meio;

-Esposo e amada.

Quando me recobro, lentamente,

Do negro espaço do alheio.

E, entretanto, ainda perdido,

Enrosco-me em teu seio.

Triste , mas forte.

Quase livre, sublime morte;

Felizmente, renascido.

Não mais esquecido

No alheio:

- Estou vivo!

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Valter Vargas
Enviado por Valter Vargas em 23/04/2007
Reeditado em 08/02/2008
Código do texto: T461018