Quando....
Quando me abandono , subitamente,
No negro espaço do alheio.
E, simplesmente, receio
Estar perdido no nada.
Se tudo que desejo é Nada,
E não tão somente:
-Eu creio.
Esquerda ou direita:
-Não meio;
-Esposo e amada.
Quando me recobro, lentamente,
Do negro espaço do alheio.
E, entretanto, ainda perdido,
Enrosco-me em teu seio.
Triste , mas forte.
Quase livre, sublime morte;
Felizmente, renascido.
Não mais esquecido
No alheio:
- Estou vivo!
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