ENIGMA PROMETAICO

«A Arte algemada»

Presa à rocha da indiferença

Em horizonte indefinido

Jaz a Arte e a sua crença,

Num combate por um sentido

Cruamente angustiada

Para ser libertada.

O sopro que lhe deu a vida

Pelo sonho de Prometeu

Não lhe conseguindo guarida

Um raio de esperança alvoreceu

E assim, por seus dilemas,

Rasgou-lhe as vis algemas.

Do cimo das altas montanhas

Esvoaça solene o condor

Pra lhe devorar as entranhas

Por encantos e desamor

Espanto alucinado

E sempre acorrentado.

Morreu o herói, cantou Lireu,

Rejuvenesceu Liriana

O seu brilho recrudesceu

Sem temer Vega soberana

Nessa constelação

D´ harmónica amplidão.

No limiar desta Nova Arte

Há clara Luz em toda a parte!

Frassino Machado

In LIRA BEM TEMPERADA

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FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 02/12/2013
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