Mar da Vida
Soltei as amarras
deixei o porto da vida.
Coração partido,
abandonado, desprezado,
como um barco a navegar
sem destino, seguindo ao léu,
rumo ao horizonte e o azul do céu.
Solitário a velejar
recordando o amargor desta lida,
entre ondas tenebrosas
sigo meu rumo à deriva.
Atendendo o trépido vento
que direcionava paulatino
de encontro ao “arco-íres”,
meu novo porto, meu destino.
Perduro imóvel por algum tempo,
cansado de por amor navegar
acalento-me, dissipo minhas dores
inebriado com suas cores,
navego em busca do meu amor
para minha vida, repor o sabor.
Quero paz, ternura e alegria,
ir ao delírio, te possuir e amar,
amor sincero e verdadeiro
e o meu sofrimento acabar.