A nossa velha canção
Deixei derramar das mãos
nossas velhas palavras, já tão amareladas
E olhei para o horizonte outra vez
Ao som do silêncio que restou
da nossa canção
As primaveras já acumuladas
São o vulto da criança perdida que fui
E tantos abraços estranhos trilhei
Crendo que foste a errada
Meu patético momento passou
Resta a felicidade (ainda que só)
No eco de nossa história
É desafio saber quem ainda sou
Livre para saber que o recado à despedida
Nos fez eternos; e assim será o fim
Feche teus olhos azuis, vamos viver
Pois o que resta
é o resto da vida...