A nossa velha canção

Deixei derramar das mãos

nossas velhas palavras, já tão amareladas

E olhei para o horizonte outra vez

Ao som do silêncio que restou

da nossa canção

As primaveras já acumuladas

São o vulto da criança perdida que fui

E tantos abraços estranhos trilhei

Crendo que foste a errada

Meu patético momento passou

Resta a felicidade (ainda que só)

No eco de nossa história

É desafio saber quem ainda sou

Livre para saber que o recado à despedida

Nos fez eternos; e assim será o fim

Feche teus olhos azuis, vamos viver

Pois o que resta

é o resto da vida...

Luiz Otávio Esteves
Enviado por Luiz Otávio Esteves em 28/11/2013
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