TEIMOSA!

TEIMOSA!

Olhei, para atravessar

e vi,

cimento, asfalto, carros,

poças de água,

molhando a rua.

Atravessei e vi,

na calçada,

teimosa,

insistente,

querendo brigar

contra esse meio,

uma plantinha,

pretensiosa,

altiva,

querendo respirar,

procurando,

avidamente, o ar.

E pensei,

por que aqui?

Por que não nasceu

em outro lugar?

E ela não sei

como,

só sei que não

por palavras

mas, disse,

a resposta veio

no ar:

Ora, amigo,

sementes se espalham,

procuram espaços,

e lutam, também.

Assim é a vida,

em todo lugar!