No redemoinho das águas
Existem murmúrios de dor...
Nas marés em desalinho...
A solidão acompanhada
É pior do que está sozinho...
Esperanças se fazem sintonia...
Ainda que em segredos de medos
E degredos das flores...
Meio que sem farol
Pra mostrar o rumo a seguir...
Há uma nau sofrida
E cansada mais teima em navegar
Em correntes torrenciais...
O silêncio enlouquece
As quebra-duras do casco
Onde sem teu amor...
Teme em naufragar...
Tentando não partir...
Não resistir ao nevoeiro...
Que se faz diante do petroleiro mar...
Por vertentes adversas que imploram
O sacrificar de uma espuma do mar...
Que unicamente quer ter o direito
De ser feliz e poder nadar sem agruras...
Com o lastro que sustenta
E se faz suficiente no existir...
Onde o farol ainda que distante...
Dá a força necessária pra respirar...
Mesmo que não tenha a força
O farol é esperança de bonança
No porvir do amanhã...
A deriva segue o casco
Com o coração rasgado
E sem mágoas, pois sabe
Que o degredo do ser amado...
E maior que as cicatrizes que lançara ao mar...
No querer respostas do seu AMAR...
Que é seu fado traçado do além mar...
Donde deixará de ser prisioneiro
De chantagens medonhas
E terá a liberdade de poder voar...
Com as gaivotas ainda que estando longe...
Do mar que nascera...
Donde deixará a dor da saudade...
E tirará a mordaça que o impede
De expressar seus verdadeiros sentimentos...
Gritando o seu lamento...
Na liberdade que terá...
E serão para sempre felizes...
Curando enfim suas cicatrizes
Que sangram e os fazem calar...

 
Ray Nascimento
Enviado por Ray Nascimento em 01/11/2013
Reeditado em 01/11/2013
Código do texto: T4552303
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