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A Flor e a Guerra
 



No meio de uma grande guerra,
Havia uma flor murchando.
Em volta, mortes, desterro,
Medo, fogo, gritos, urros.

E lá, bem junto do muro, 
Uma criança sozinha
Olhava a flor que murchava,
E dela se apiedava.

Esqueceu-se de seu medo,
Conseguiu uma vasilha,
Encheu-a de água com sangue,
Levou à flor moribunda...

No meio de toda a guerra,
Sentiu a necessidade
De salvar aquela vida,
E seguiu sua verdade...

Mas veio um duro coturno,
Aproximou-se da flor
E sem nem sequer olhá-la,
Pisoteou-a e se foi...

A criança, num suspiro
De dó, desânimo e dor,
Pegou no chão sua vasilha,
Foi procurar outra flor...
 



Obrigada pelo seu lindo acróstico, angélica Gouveia! Cliquem aqui para visitá-la:
A Flor e a Guerra

A flor se
F az esperança
L á onde há
O ódio e
R ancor
E nquanto
A fé de uma criança
G rita e pede Paz em
U m mundo de guerra
E la não desanima
R esponde ao que destina
R efaz o seu caminho
A creditando em tudo que faz.

Angélica Gouvea



Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 28/10/2013
Reeditado em 01/11/2013
Código do texto: T4545162
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