O cigarro apagado, as cinzas, as drogas
O cigarro apagado, as cinzas no chão, as drogas espalhadas
Pisoteadas, jogadas de pronto no ralo, pelos esgotos caminham, lá se vão.
Acabou o maltrato, abençôo a coragem, chuto o fumo pra longe.
Se Deus quiser, serei livre, um outro homem, até o fim.
O começo tem gosto, vontade, o motivo pode ser até uma paixão.
Nas esquinas o tempo não perdoa, é cruel, ínfimo, atraente.
Aos novos amigos a facilidade lhes toma a cabeça, atinge a mente, ofusca
Escondidas nas veias, na boca... na cabeça, emascula suntuosas viagens
Dando a impressão que está tudo certo, os passos perfeitos, a vida sadia...
O vício lhe toma toda a liberdade, a expressão já não lhe pertence.
O homem já não é mais aquele menino pegado de surpresa
Compromissado, jura ser fiel e promete sem medo: “vou sair dessa, irmão”.
Na garganta uma coceira encarna uma saudade triste que machuca.
Logo, logo, é esquecida; o rosto, transformado, volta a ser feliz.
O homem já não é mais aquele menino pegado de surpresa
Como o bicho pega na esquina o menino medroso
Não sabe o que perde nessa loucura de irracionalidade
É mais um alienado, fora do tom, juízo enrolado, está sozinho.
O vício lhe toma toda a liberdade, a expressão já não lhe pertence.
O homem já não é mais aquele menino pegado de surpresa.
Compromissado, jura ser fiel e promete sem medo: “vou sair dessa irmão”.
O cigarro apagado, as cinzas no chão, as drogas espalhadas
Os dedos trêmulos, a tosse no peito, que puta rouquidão
Os olhos tensos, com brilhos abertos, fundos, desajustados
Sem falar nas outras moléstias espalhadas pela carcaça...
Precisa entender o peso dessa agonia, do porre sem graça...
Pelo exílio experimentado nos campos estragados desse descrédito
Da vida perdida, de um leito sinistro à espera na contramão...
Acariciar o rosto molhado com um beijo frontal não é salvação.
É preciso coragem, força de vontade, não necessita fugir.
O bolso vazio, as brigas em casa, na mesa o apetite é desafiado
O sono leve, pesado, não faz sentido, ópio, descontrolado, inacabado
falta o gosto pelo prazer estabelecido de uma alegria vinda da natureza...
Na hora do jogo não consegue driblar. Cadê o pulmão?
Entrando na área a torcida grita gool, puro engodo, não foi gool...
O vício lhe toma toda a liberdade, a expressão já não lhe pertence.
O homem já não é mais aquele menino pegado de surpresa.
Compromissado, jura ser fiel e promete sem medo: “vou sair dessa irmão”.
O cigarro apagado, as cinzas no chão, as drogas espalhadas
Pisoteadas, jogadas de pronto no ralo, pelos esgotos caminham, lá se vão.
Acabou o maltrato, abençôo a coragem, chuto o fumo pra longe.
Se Deus quiser, serei livre, um outro homem, até o fim.
O começo tem gosto, vontade, o motivo pode ser até uma paixão.
Nas esquinas o tempo não perdoa, é cruel, ínfimo, atraente.
Aos novos amigos a facilidade lhes toma a cabeça, atinge a mente, ofusca
Escondidas nas veias, na boca... na cabeça, emascula suntuosas viagens
Dando a impressão que está tudo certo, os passos perfeitos, a vida sadia...
O vício lhe toma toda a liberdade, a expressão já não lhe pertence.
O homem já não é mais aquele menino pegado de surpresa
Compromissado, jura ser fiel e promete sem medo: “vou sair dessa, irmão”.
Na garganta uma coceira encarna uma saudade triste que machuca.
Logo, logo, é esquecida; o rosto, transformado, volta a ser feliz.
O homem já não é mais aquele menino pegado de surpresa
Como o bicho pega na esquina o menino medroso
Não sabe o que perde nessa loucura de irracionalidade
É mais um alienado, fora do tom, juízo enrolado, está sozinho.
O vício lhe toma toda a liberdade, a expressão já não lhe pertence.
O homem já não é mais aquele menino pegado de surpresa.
Compromissado, jura ser fiel e promete sem medo: “vou sair dessa irmão”.
O cigarro apagado, as cinzas no chão, as drogas espalhadas
Os dedos trêmulos, a tosse no peito, que puta rouquidão
Os olhos tensos, com brilhos abertos, fundos, desajustados
Sem falar nas outras moléstias espalhadas pela carcaça...
Precisa entender o peso dessa agonia, do porre sem graça...
Pelo exílio experimentado nos campos estragados desse descrédito
Da vida perdida, de um leito sinistro à espera na contramão...
Acariciar o rosto molhado com um beijo frontal não é salvação.
É preciso coragem, força de vontade, não necessita fugir.
O bolso vazio, as brigas em casa, na mesa o apetite é desafiado
O sono leve, pesado, não faz sentido, ópio, descontrolado, inacabado
falta o gosto pelo prazer estabelecido de uma alegria vinda da natureza...
Na hora do jogo não consegue driblar. Cadê o pulmão?
Entrando na área a torcida grita gool, puro engodo, não foi gool...
O vício lhe toma toda a liberdade, a expressão já não lhe pertence.
O homem já não é mais aquele menino pegado de surpresa.
Compromissado, jura ser fiel e promete sem medo: “vou sair dessa irmão”.