AS TEMPESTADES DA ALMA
Quando as chamas se apagam,
Há uma fumaça que paira no ar,
Que vão se dissipando aos poucos,
Restam as cinzas da teimosia,
Na agonia são levadas pelos ventos,
Não há como voltar o tempo,
As dores impressas na alma,
Cicatrizadas porem sensibilizadas,
É como um vulcão adormecido,
Que pode eclodir uma erupção,
A fúria interior continua,
Tempestades emocionais,
É tsunami da alma,
Que provoca devastação,
Sempre é tempo de reconstrução,
Olhos os escombros do coração,
Aciono as lágrimas para purificação,
Que escorrem livres e soltas,
Liberdade aprisionada pelos fantasmas,
Em vez de cantar, a voz emudecesse,
O mundo interior é calado e confuso,
No lado obscuro há um buraco negro,
Que requer uma faxina esclarecedora,
Sair da negação e mergulhar na emoção,
Depois os pesadelos passam, resta acordar,
Buscar sonhos, não desanimar,
E saber que pode começar tudo de novo.