MENOR ABANDONADO
Ali deitado junto ao muro
como leito o passeio duro e sujo.
Por teto, o manto da noite fria,
como coberta, folhas de jornais.
São crianças abandonadas, sem amigos,
sem donos, sem abrigo, sem pai e mãe.
Perdidos na solidão do mundo, são elas,
crianças que choram o abandono, dos pais.
Chora menino, chora para o mundo,
talvez alguém o escute com o coração.
Grite menino, quem sabe a sociedade
tenha mais um pouco de sensibilidade
e lhe estendam a mão para os ajudarem.
Em seus olhos se retrata a humilhação
quando alguém se torna agressivo
ao ouvir sua voz pedindo um pedaço de pão.
Você criança, já aprendeu os defeitos
que o faz ser renegado, rejeitado, por todos,
Pela siciedade rica e preconceituosa,
por isso se tornam, o que se diz, garotos de ruas.
Olhe, o mundo é a escola da vida
modurada de gerações perdidas, drogadas.
Chão pisado pela violencia ao menor
com sangue e estampidos de balas sem dó,
sem lagrimas, sem perdão.
Se pelo menos o mundo se voltasse
para esse quadro realista, sem artista, sem autor.
Se pelo menos ouvesse mais escolas, mais humanidade,
poderiamos ver,como é triste tudo isso.
Crianças sem proteção, sem donos, sem amor!
sem pai, sem mãe, sem irmãos, sem vidas, sem rumos.
Sonhadores errantes, sozinhos pela vida,
meninos perdidos, nesse mundo cão.
Crianças que choram nos braços do abandono!
usadas pelo crime, viciadas em drogas, filhos de ninguém.
Meu Deus! como dói ver tantos absurdos, e ninguém,
erguer um só dedo para ajudar esses meninos,
desamparados, drogados, marginalizados, pelo descaso.
Meu amigo!
você também já foi criança, teve um lar, uma familia,
Teve proteção, carinho, como é que você pode dormir
tranquilo sabendo que lá fora alguém precisa urgentemente
de sua ajuda como um ser humano, pense!...
_____Nillo Sergio.
Poeta do balcão