Pele

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Minha pele tem memória.

E sente saudade, angústia, temor.

Recordando o último encontro,

tenho os poros abertos a te esperar.

Minha pele tem resiliência.

E sente a ferida, ainda aberta,

desde o instante da despedida.

Foram sussurros de adeus.

Minha pele tem saudade;

refugo da memória recente...

Dormente, adormecida, silente;

sente o teu cheiro de pitanga.

Minha pele tem esperança...

E apela, sofregamente:

não me deixes, na lembrança,

apenas a possibilidade do toque.

Iguatu-CE, 7 de outubro de 2013.

19h40min

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Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 07/10/2013
Código do texto: T4515548
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