Pele
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Minha pele tem memória.
E sente saudade, angústia, temor.
Recordando o último encontro,
tenho os poros abertos a te esperar.
Minha pele tem resiliência.
E sente a ferida, ainda aberta,
desde o instante da despedida.
Foram sussurros de adeus.
Minha pele tem saudade;
refugo da memória recente...
Dormente, adormecida, silente;
sente o teu cheiro de pitanga.
Minha pele tem esperança...
E apela, sofregamente:
não me deixes, na lembrança,
apenas a possibilidade do toque.
Iguatu-CE, 7 de outubro de 2013.
19h40min
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