Futuro do passado, presente
Escrevo com meus
cabelos brancos
e, se são brancos,
que culpa tenho eu
dos versos mancos ?
Escrevo com a criança
que existe, persiste,
insiste em brincar
e purificar o doer das velhas penas
transformando-as em mansos versos.
Dou as mãos
a criança que me habita,
ingênua e pura,
e somos sorrisos e lágrimas,
lágrimas e sorrisos num só espelho.
Sou o passo seguro que antevê cilada
mas que se deixa ir e ficar
no abrigo secreto da infância.
Ali somos outra vez criança.
Roberto Gonçalves
Escrevo com meus
cabelos brancos
e, se são brancos,
que culpa tenho eu
dos versos mancos ?
Escrevo com a criança
que existe, persiste,
insiste em brincar
e purificar o doer das velhas penas
transformando-as em mansos versos.
Dou as mãos
a criança que me habita,
ingênua e pura,
e somos sorrisos e lágrimas,
lágrimas e sorrisos num só espelho.
Sou o passo seguro que antevê cilada
mas que se deixa ir e ficar
no abrigo secreto da infância.
Ali somos outra vez criança.
Roberto Gonçalves