Esperança

( Poesia Recitada - RAD005 ).

Naqueles idos tempos da pobreza:

Farinha, água e sal eram a ceia.

Mamãe insistia até com riqueza;

Come isso para não defecar areia.

Ah! que banho! O banho de bacia

Ganha por alguém que tinha tudo,

Suponho. Um instante de regalia

Antes que esvaziasse seu conteúdo.

Eu Lembro, mas não lembro de tanto,

E Era quase nada e era quase tudo,

O que a sina encilhava em cena.

Onde buscar força até para o pranto,

De um riso pálido de um grito mudo.

Só Esperança é quem aliviava a pena

E era quase nada e era quase escudo.