O SOL DA JUSTIÇA

I
Da plataforma da vida,
Observo o mundo...
E o que vejo?
Vejo as dores. Os rumores,
As guerras, os clamores,
Vejo pessoas mutiladas,
Mentes manipuladas,
Vejo com enorme tristeza,
A fome exercer a sua realeza,
Vejo no olhar da criança,
Um olhar da plena incerteza,
Vejo o caminhar solitário do ancião;
Conversa consigo mesmo,
Tentando enganar a solidão,
Vejo que a nave dos sonhos,
Se perdeu na imensidão.

II
Da plataforma da vida,
Eu contemplo o caos do mundo...
E o que vejo?
Vejo que ainda se pode correr ao encontro,
Na busca de um reencontro,
Vejo que a resposta ainda pode ser um sim,
Que existem flores para nascerem nesse jardim,
Vejo que o tempo não pode parar...
Que apesar dos danos,
Não vai adiantar fugir,
Novos dias, novos planos,
É preciso continuar...
É preciso persistir...
Vejo num lugar,
Não muito distante daqui,
O sol da justiça a reluzir.