Meus Versos
Êstes versos febris que hoje componho
Meus tesouros, e minham consolação
Aonde passam uivos de tufão
E há pedaços de céu claro e risonho.
Os versos doentes dêste coração
Que disseco, analiso e decomponho
Cheio do nervossismo dêste sonho
E cheios da pré-a-mar desta aflição.
Êstes versos . . . Um anjo moreno brando
Ela, não sei quem é, nem onde e quando
Dentro do seio há de lhes dar abrigo.
E sómente ela é que há de compreendê-los
E ler-los-a sempre ao meu lado, e ao lê-los
Há de sorrir, e há de chorar comigo. . .
2007/04/12