Nesta noite fria
longe do sono
Quero o acalanto.
O fulgor dos luzeiros
 dos meus versos,
refletindo as estrofes
que saltam simultãneas.

Quero estar disposta
à compor.
Porque meus olhos
atentos,
instem e manter-me
acordada.

A esta hora
enquanto a chuva
torrencial desce
ladeira abaixo.
Como uma sinfonia
universal.
Vejo muitas gotas.
Caido como lágrimas.

De falanges de anjos
 banhando almas
 e matando sede.
 Servindo-as em taças
transbordantes 
e cristalinas.

Ah!..
Como é bom,
e ao mesmo tempo 
triste.
Ainda não sei como será.
Só  o amanhã dirá.
As plantas estão sendo
regadas.

E os demais seres,
como estarão...
Ainda em seus tétos, 
terão agora seu chão ?
Que seja esta chuva
abençoada.
Que tenha vindo regar
a terra, para brotar
 os grãos.

Antes que o sono venha
eu rogo,
para que haja sinaspismos
anjelicais.
E unam seus escudos
em favor  de todos aqueles
desprovidos.
E os livres de
todos os desastres.

 Aos  que nesta noite chuvosa.
Estando ao relento,
se abriguem das águas
torrenciais.
 E que as autoridades
competentes,
atentem-se.
Para os vidouros
temporais.

 

 
Gracia Fernandez
Enviado por Gracia Fernandez em 05/09/2013
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