ACREDITAR
ACREDITAR
Quando criança eu acreditava que poderia tocar o céu e que tudo era o tamanho do céu,
Acreditava cegamente que o arco-íris era o desenho que Deus fazia com sua imensa caixa de lápis de cores.
Acreditava também que, toda vez que chovia era por que São Pedro estava fazendo uma faxina em sua casa no céu. E que os trovões e relâmpagos eram o barulho de alguma coisa que ele deixou cair no chão.
Acreditava que as poças de lamas poderiam ser, piscinas de chocolate e as nuvens no Céu tinha seus significados, as brancas eras as nuvens que representavam a paz ou grandes pedaços de algodão doce , já as nuvens escuras eram as nuvens más, que eram habitadas por um ser muito maligno que fazia muito mal a terra.
Acreditava que eu poderia voar, bastasse pegar duas folhas enormes de bananeiras e amarrar elas nos braços e bater com muita força ou tomar impulso de um lugar alto que eu poderia sim voar como os pássaros.
Acreditava que todas as pessoas poderiam conseguir tudo que queriam, bastasse fechar os olhos e pedir ao Papai do Céu com toda força do coração.
Mais com tempo comecei a ver que as pessoas deixaram de acreditar, inclusive eu. Pois não bastava só acreditar, tinha que lutar encarar desafios, nem sempre ganha-los e conhecer o gosto amargo da derrota.
Então entendi que o acreditar é mesmo que ter fé, fé ela não vive só de sonhos, mais de atitudes para conseguir nossos objetivos e ideais.
E que ninguém mais do que uma criança acredita naquilo que ela vê ou imagina, pois a única forma de fazer com que os nossos sonhos se realizem e fazer dele a nossa verdade.