Janela do meu barraco
"Na noite silenciosa do meu sono
Me encontro inconscientemente
Perdido em sonhos.
De repente, no silêncio do meu bairro,
Que é próximo do seu, vem invadindo
Lentamente feito serpente sem medo
Os primeiros raios do sol da manhã.
E são esses mesmos raios que penetram
Pelo o vidro quebrado da janela do meu barraco
Me despertando para um novo amanhecer.
Agora, mais desperto e ciente da vida
Me demoro entre o colchão e o lençol.
De súbito, não menos quanto o astro rei,
Você me invade, como um abraço por dentro.
É como se em mim ouvesse noite e dia.
A noite em mim é tudo vazio
E escuro, enquanto o dia é tudo
Cheio e claro, pois é você que amanhece meu ser.
Lá fora é o sol...
Aqui dentro é você."