O DIREITO DE CONTINUAR SONHANDO

Sonhos realizados, solidificados,

Sonhos desfeitos desqualificados,

Sonhos da esperança também amargam,

Sonhos que sangram, tornando-se pesadelos,

Sonhos concluídos que foram destruídos,

Devastação pela ação dos ciclos necessários,

Mudar de sonho é a coragem de exterminar,

Principalmente quando há demolição,

Na dor parte-se para uma reconstrução,

Sem opção com o tijolo e cimento na mão,

Não consigo achar o encaixe necessário,

O alicerce é o coração endurecido,

Com pedras e concretos emocionais,

Os sonhos continuam, desconfiados,

Sabe que precisam segui jornada,

Cansado descansa na esperança,

O horizonte está tão distante,

Magia, fantasia eram combustíveis,

Foi-se embora morar em outrora,

O sonho seco pela ação do tempo,

Assumiu o comando urgente,

Ainda há a semente da esperança,

Que foi plantada e regada por lágrimas,

Vejo o sol se por, em seguida as estrelas,

Conversando com a lua iluminada,

Então a vida segue sua orbita natural,

Não posso quebrar a sequência, afinal,

Vou continuar me inspirando,

Agora sonhando com sapiência,

Com maturidade e prudência,

Fecho os olhos aciono a imaginação,

Resgato o coração e na emoção,

Continuo construindo novos castelos.

Marta Cavalcante Paes
Enviado por Marta Cavalcante Paes em 13/08/2013
Código do texto: T4432891
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