MUDANÇA
Eu vivo sem motivo!
Eu me pergunto, ainda cativo?
Procuro saídas, respostas e crivos!
Todo assunto relativo é imperativo!
Ainda hei de encontrar meios,
para derrubar todos os bloqueios,
que impeçam, meu caminhar, com freios!
Esta frenagem enforca todos meus anseios!
Aí vou me achar, vou sorrir e ter consolo!
Vou falar e todos vão me ouvir. Protocolo!
Derrubarei o que me prende, tijolo por tijolo!
Sairei do escuro, pisarei noutro solo, noutro colo!
Nunca serei pacóvio, nem parolo!
Jamais serei óbvio e sempre serei apóstolo!
Vou mudar,
então, vou falar,
então, vou amar, vou sorrir
e todos vão me ouvir.
Vou sair...
Botucatu, 10/10/1986