O Amanhã
O mundo tornou-se rival
Fabrica seres sem valor, opaco
Meros grãos que não frutificam
Noites sem fim, todas iguais.
As estrelas soluçam por outra
constelação
Tanta solidão ocultando amor
E o mar a esperar uma mão pra
lavar.
Mas tudo está, ou parece longe
Um canto, um manto e no que
acreditar?
Só no que pra si quer? Num flash?
Mas, não! Mancham o horizonte
Traição em dupla dose e nenhum
perdão
Não há um êxtase de alegria
O amanhã, dependência, vício
De vitórias desonesta,
De indiferença causando mágoa e
dor
A cortesia, o apreço, na areia
movediça
Mas a questão é querer desejar
Decidir, viver não só por si
Enfim, encontrar saída, nos
envolver.