Esta calma
De onde que vem toda esta calma,
Que vive dentro do coração agora,
Com as mãos finas acaricia a alma,
Contra a onda de violência lá fora.
Ela vem com seu passo normal,
Para aconchegar como proteção,
Suaviza com um afago natural,
Com toques suaves ao coração.
Se num lapso tudo vier a ruir,
Como os nossos castelos de areia,
Sentir choro de Pilatos em omitir
Ou ouvir o beijo de Judas na Ceia.
Viverá pela teimosa esperança,
Que nos acompanha noite e dia,
Como os fiéis cheios de confiança,
Esperaram três dias pela profecia
Então quando o astro rei brilhar,
Com os seus raios de força motriz,
Alimentará a fé que faz renovar,
Este coração de menino aprendiz.
Toninho.