Ilusões
Ilusões
Para min não existe mundo;
Para min não existe teto;
Sobrevivo no espaço,
Por baixo de um dialeto.
Mas nem mesmo o cansaço forte,
Que na vida me contorce
Faz com que eu desista
De lutar pela minha sorte.
Estou de malas arrumadas
E de passagem nas mãos
Vou para terras longínquas
Deste querido estado
Por nome de Maranhão
Levo no peito a saudade
No coração a lembrança
De alguém que na infância
Dera-me, tudo o que mais precisei.
Vezes boas, vezes más,
Mas que nunca esquecerá,
Nem me deixara a toa.
Por mais supérflua que seja
A vida lá no sul, eu nunca.
Hei de esquecer este seu
Lindo céu azul
Voltaire Varão