Ao Sabor do Vento

As musas de mármore da minha infância

me conduzem como faróis.

Vou rumo ao futuro, com esperança,

porém, sóbrio, contendo a minha voz.

Eis o que eu quero: melhores dias.

Eis o que espero: um toque da sorte.

Não tenho tempo, pra pensar na morte:

- Vem comigo! Como eu queria!

O futuro não é mais o que eu imaginei.

Tudo sempre muda: ainda bem!

O que eu seria - penso sem dizer amém -

em outros rumos que já planejei...?

Aquela folha dourada, de fora da estação

sem se esquecer dessa rota já definida

flutua, leve, entre o delírio e a razão...

E ao sabor do vento, desfruto da vida!