Novos dias...
Tudo pelo que nesta passei,
Uma verdade que somente eu sei
A dor de ver perder o futuro
E me ver transformado em monturo...
Viver só junto com a solidão,
Uma ironia cruel sem mínima razão...
Meu refúgio era sempre o sono
Que afastava a sensação de abandono...
Acordar era preciso mesmo sem querer,
A tudo se acostuma, menos a sofrer...
Sentia angústia e dor num acúmulo,
Desilusões me levavam ao túmulo...
Mas isto não me foi permitido
Embora achasse melhor ter partido...
Hoje humilde rendo-me e aceito
O justo motivo disso não ter feito...
Agora entendo melhor os motivos
Que me fazem estar entre os “vivos”...
Foi difícil sorrir só por fora,
Enfim valeu suportar essa demora...
Olho a sombra que meu corpo faz
Vejo meu real tamanho e que sou capaz
De prosseguir na missão e não ter medos,
Hoje a ambição tem o alcance dos meus dedos...