SOM...CHEIRO BOM...

Som... Cheiro Bom...

“Non rien do rien”

Voz rouca... Exageradamente bonita...

Não é pouca bobagem

Uma voz rouca de mulher

Cavilosa, andrógina...

Feminina...

São notas a se derramar no infinito

Transportam meu grito

Rouco também

Carregado de lágrimas

Que implodi

Na intensa voragem.

De densas cores

Se pinta a paisagem,

Dantes pequena aldeia

Agora uma vila gigante...

As sombras das árvores avançam

E desenham figuras no chão...

Levam as histórias do meu coração

Pelas trilhas sem fim...

Já me senti assim: ” pobre de mim...”

Misturas de branco e preto...

Tons infinitos de cinza...

Ainda hoje, ao som das notas

Que se espalham e preenchem o dia

As mentes o ar...

Há cores cinzas a rondar...

Mas ouso escutar

Sons azuis, violáceos,

Rosa ou carmim

Que sorriem pra mim

E me dizem assim:

Vive mais!

Sofre menos!

Sorri!

Daqui há pouco jaz no chão inerte...

O que a terra tomará de ti...

Há céu azul em derredor...

Índigo blue

Som de blues ecoam no ar...

Mas é um belo som

Pra dançar...

Solta o quadril

Literalmente feminino

Deixa-te levar...

Um novo som vem vindo...

Lindo e puro,

Como cheiro bom

Do café

Na manhã...

www.joselmavasconcelos.blogspot.com

Joselma de Vasconcelos Mendes
Enviado por Joselma de Vasconcelos Mendes em 01/04/2007
Reeditado em 02/04/2007
Código do texto: T434020