NESGA

A esperança, só precisa de uma nesga
Um fiapo, um funil, uma fresta
Por onde a luz da confiança, adentre

O pessimismo usa do mesmo processo.
De um diminuto descuido, 
De pequena desordem emocional
Se estabelece.

O céu aproveita os ventos, e o tempo,
Para transmutar o cinza em azul,
A escuridão em luz.

A relva não se agasta,
As ovelhas seguem serenas.
Já o homem, vascila, oscila,
Entre confiar e duvidar
Crer e desacreditar.
Até quando assim será?


(Imagem: Arquivo Pessoal)
Lenapena
Enviado por Lenapena em 11/06/2013
Reeditado em 12/06/2013
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