REDENÇÃO
Do fundo do meu angustiado ser,
Rompendo em sofrido ímpeto,
Explode, afinal, com incontido poder,
O que o coração, guardava no peito,
São ondas tão angustiantes,
Que em voraz e veloz catadupa,
Como vastas marés montantes,
Assaltam minh'alma sem culpa.
São ondas irradiantes e mortais,
São farpas de rubra e lacerante luz,
São abismos que se abrem, siderais.
Mas no horizonte que tanto me seduz,
Qual bendita oração, nunca rezada,
A verde esperança ressurge do nada.
(não deixe de ler o colega Carlos Alberto Souza)