Ai de mim, natureza humana...

Brigar contra si mesmo

Abatendo os quereres mais diletos;

Sangrando o peito a todo instante,

Cavaleiro sombrio e errante.

Ai de ti, natureza humana

De atitude torpe e insana!

Que destrói o que há de humano

Em nome da uma lei inimiga.

Calma, com o andor que o santo...

Não se sabe nem do que é.

Voe como gaivota no azul profundo

Em busca do seu próprio mundo.

Seja o que fores: ave de rapina,

Serpente, ovelha inocente, gente.

Voe mais alto que puder

Mais nunca perca o chão.

É de lá, da terra da alma

Onde brotam as sementes naturais,

Que vais cavar o teu sustento,

O alimento do espírito e nada mais.

carlinhos matogrosso
Enviado por carlinhos matogrosso em 08/06/2013
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