TRILHAS ÍNTIMAS
Estendo-me a um horizonte não delineado
Percorrendo trilhas explicitas e implícitas
Trilhas onde os acenos não são assim breves
E o instante nunca excede o que ele concede
Então transmutado meu solo em meu céu
Vejo esse sol tão atento ao próprio tempo
Onde minha alma vaga por espaços vagos
Observo a visceralidade de fragmentos
Que exalam desconcertantes insinuações
No celeste jardim de pensares oblíquo
Os opróbrios vazios dos vazios descompassos
Perdidos nos retrospectos de quem os fruem
Ou absorto na pungência da própria tristeza
No implacável exotismo do que lhe é panorâmico
Onde não há espaço para maniqueísmos abstratos
Nem ilusões incrustadas no diorama de nossa tela
Sigamos então o exímio rumo sensorial da realidade
E quem sabe desbravamos o real querer interior
Fugindo dos que dissimulam o espectro do real
E disseminemos as sementes da verdade em nós
Auscultando todas as nossas emoções e sentimentos
Na seara da objetividade sensorial neles latentes
Onde habita o verdadeiro sentido de cumplicidade
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