a dor que passa
estou rindo agora
de outrora
da cortina que se abre
sobre o passado
do rancor elaborado
da ilusão, fantasia
daquilo que não se viveu
é como o morto
que fica santo
logo depois que morreu!
nua e crua a realidade
desfaz em pedaços
todos os laços
com requinte de maldade
quanta tolice, meu Deus!
arraigada em sonhos sem fim
içando o passado morto
trazendo dor para dentro de mim
choro e riso
é possível
por que não?
um lava a tristeza da alma
o outro põe a alegria na mão
e sendo assim
fim do trilho, vire a página, feche o caixão
amanhã ensolarado e com brilho
tenho certeza
melhores dias virão