VENTO
"Cadê a rima que veio há pouco
desfilar serena para o meu poema?
Quem vê a cena do anseio louco
terá alguma pena do meu dilema?..."
PAULO MARCELO BRAGA.
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....Vento
Vento que vem do norte;
Que sopra meu cabelo;
Leva esse meu apelo;
Com um sussurro bem forte!
O vento, o tempo,
As vidas;
Vividas e esquecidas;
Deixam apenas o lamento.
Vento, porquê não sopras esse amor?
Tempo, porquê não me ajuda esquecer?
Não posso e não quero sofrer;
Vento, leva-me contigo pra onde for!
Ou,leva esse amor e me liberta;
Leva pra bem longe, essa lembrança;
Deixe-me apenas a criança;
Sapeca, feliz e liberta!
Tempo, permita-me viver e sonhar;
Apenas a magia do presente;
Não seja assim, tão insistente!
Deixe-me, o passado enterrar.
Vida, diga ao tempo, por favor:
Que esse amor foi de verdade;
E não pode ressurgir pela metade;
Vento, tempo, vida...
Me liberte desse amor.
Marina Clarice
Diamantino-MT
28/03/2007