Quando Morre um Poeta

Quando Morre um Poeta

Jorge linhaça

Quando morre um poeta

os céus se calam

a natureza emudece

as lágrimas se congelam

os livros se fecham

as musas jazem paradas

um pouco da beleza se perde

Mas não dura mais que um instante

Quando morre um poeta

os céus se abrem

a natureza refaz-se

as lágrimas rolam felizes

os versos se libertam

as musas se enfeitam

a beleza se torna extrema

E isso não é por um instante

Pois quando um poeta morre

seus versos vivem

sua emoção renasce

e ele vai poetar além

em um lugar onde os versos

não tem defeitos

onde a utopia é realidade

O poeta não morre

volta praquela casa da qual se lembrava em seus rompantes de inspiração.

Salvador, 22 de abril de 2013.