EMOÇÕES ABSTRATAS

Como transpor essa fenda atemporal

Para dela não emergir arrependimentos

No deserto onde erra rebanho de desejos

Não aprecio uniformes formas lapidares

Preso que sou a tudo que me seja excepcional

Fugindo assim de tautológicas elucubrações

De descobertas advindas de emoções abstratas

Lapidadas pela mutabilidade de nossos anseios

Ávidos pelo amálgama de nossas íntimas vontades

Que sempre escondemos em discursos anfigúricos

Na consonância desse desejo que em si transpomos

Sem que precisemos prescindir do uso prosopopéias

Mesmo que tenhamos resquícios de logofobia

Concomitante aos aforismos que usamos entre nós

Na tentativa de uma comunicação por nós cifrada

Onde tentamos diuturnamente nos decifrar mutuamente

Nas entrelinhas desses momentos de interação

Onde deslumbro estar contigo em seu tempo

E na vontade imensurável de estar em teu horizonte

Abrangendo toda essa sua feminina dimensão

Pela sedução que tens em todos os teus gestos

Que me envolve e instiga mesmo na distância

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Leilson Leão
Enviado por Leilson Leão em 22/04/2013
Código do texto: T4253975
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