O Apito
Tarde de sábado
No meio do quintal
Ouço vozes felizes
De crianças que brincam
Na rua sem saída
Que vira casinha
Campo de futebol
Até nave espacial!
Admiro as crianças
Sabem criar sem reclamar
Aproveitam o momento
Sem conta a pagar
Se o mundo está em paz
Ou no olho da guerra
Elas saltitam sorrindo
Querem mais é brincar!
E no meio do falatório
Sem ninguém perceber
Aproxima um menino
Carregando um apito
Gritando felicidade
Alvoroçou as crianças
Chegou o momento
Todas iam comer.
Fiquei perplexa
Crianças brincam tão bem
Mas não perdem a hora
Não há regras de prisão
Se fossem os adultos
Tinham que terminar tudo
Limpar primeiro o mundo
E ainda chamaria isso “Diversão”.
Ah! Crianças, crianças...
Divina leveza no coração!