CÍRCULOS CONCÊNTRICOS
Hoje me vejo em um labirinto de círculos concêntricos
Por ações de outrem susceptível a conceitos introjetivos
Entendo em que contexto exista a contestação invasiva
Mas fujo de incautos posicionamentos evanescentes
Anômalos aos meus princípios e até as minhas abstrações
Arvora-me o alvorecer de extrínsecas e intrínsecas atitudes
No refluir de abomináveis arautos em plena metamorfose
Delineadas por transfiguradas veredas que tive como caminho
Pelo tropismo das íntimas sensações um dia na pele afloradas
Sei do esplendor onírico da volubilidade de teus encantamentos
Do perene anseio de uma liberdade ainda presa ao imaginário
Como não singrando os vastos oceanos das incompatibilidades
Dos espectros da visceralidade das emoções transcendentes
Do arrebatamento envolto pela fertilidade do bel prazer
Na erupção do vulcão que tem o antagonismo como lava
Sinto-me ainda abraçado por tuas inigualáveis blandícias
A envolver-me como um casulo tecido por tua brandura
E o impactante desdobramento dela em meu cotidiano
Então fujo do opróbrio das intempestivas vicissitudes
Nunca irei elidir meus erros e meus muitos defeitos
Pois ser o tempo algo abstratamente incoercível
Resta-me então a esperança de algo renascente
Onde brote com todo esplendor o que tenha que ser
Frutificando em mim a luminosidade do que virá
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