EU FUJO
Fujo de ver, o que vejo
Por ser tão mau o que avisto
De coisas boas, nem um lampejo
E com tantas tão más, nem resisto
Para onde terá ido o Bem, que se sumiu
Certamente, alguém o tem bem escondido
Preso, bem guardado, nunca mais se viu
Bom seria que o Mal, tivesse assim partido
Ora, se o Bem, está enterrado lá no fundo
E andando o malvado Mal, por aí a pairar
Vamos dar a volta a isto, viramos o Mundo
Para que as coisas fiquem no devido lugar
Mas, enquanto durar fujo de ver o que vejo
Quero que o Mundo, dê a volta qualquer dia
E que do Mal, não se aviste nem um lampejo
Vira-te depressa ó Mundo, faz voltar a alegria
Irene Conde.