(Des) começo.

Entre o tempo nublado segue-me a escuridão, esvaindo - se minha sanidade.

Entre eu e você o vazio, o cinza, a imensidão.

Palavras escritas, gritos mudos já não são o suficiente.

Basta de inocência e pureza demonstrada.

Cubro-me com cascos e feridas calejadas.

Já não me importo, se é começo, meio ou fim.

Meu espelho já não reflete o brilho de um sorriso, um olhar, um momento.

Meus olhos desaprenderam a chorar, sentem apenas lembranças de lágrimas.

Já não sei se é o começo do fim ou o fim do começo.

Achegasse a Musa, entre fumaça, nuvens e espinhos...

Sopra em minha mente vida, sussurra em meus ouvidos, me encanta com suave melodia,

Como uma borboleta se desvencilha de seu casulo, sinto o brilho do sol.

Será esse o começo do fim, o fim do começo?

Apenas o (Des)começo.

Rafaell Barreto
Enviado por Rafaell Barreto em 02/04/2013
Código do texto: T4219228
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