A NATUREZA QUE AMO
Meu amor pela natureza nunca teve limites
Amava-a sem entende-la, desde tenra idade
Pequeno, embrenhava-me sozinho, nas matas
Na busca quase mística, de alguma identidade
Hoje ainda me guio pelo cheiro da terra
Trago a pele de sol e de chuva embebida
A natureza é um presente, que eu cultivo
Uma pedra delicada que Deus ainda lapida
Quando as forças do insondável me levar
Cessando finalmente as alegrias desta lida
Pedirei que minhas cinzas sejam espalhadas
Sobre as florestas, c/ uma chuva benigna
Esta vai ser a última herança deste amor
As cinzas serão pelas plantas absorvidas
Consentindo que eu reviva os eternos ciclos
Indo e voltando pelas plantas renascidas
Assim fluirei nas seivas que as abastecem
Esverdeando folhas, fazendo a flor colorida
Despertando, permeando o ciclo das sementes
Continuando através delas, a magia da vida!