João e a poesia
João
pare a poesia.
Venha trabalhar.
Mesmo que escrevesse,
A dona de tudo
a vida,
Não deixa o pobre falar.
Lençol rasgado,
papel no bolso.
Mas não há hora para dormir,
tampouco para acordar.
João alheio,
que come pouco
Só pensa em escrever,
Mas ela não o deixa ficar.
João
levanta-te,
Dança
e encena
as letras que encantam.
Porque nesse mundo errante,
Para o pequeno
ou o grande,
Uma vida apenas há.