Conquista da Felicidade


Recuso-me a  vestir o passado,

Atracar em qualquer porto
 Perder da esperança a chama
Apenas por comodismo
Dispenso as  fantasias
Alegorias baratas
Simulações de  alegria
Basta de engolir tanto choro
De aceitar a indiferença
De fazer preces compridas
Lamúria  entre os dentes
Demência, cenas  montadas
Esperança fabricada
Resignada entre grades
Mãos estendidas ao vento
Visto-me  de luz e  coragem
Para encontrar novo norte
 De cara limpa riso franco
Um mundo pintado de branco
Descarte tardio das máscaras
A paz faz rasante na alma
Brilham cristais da verdade
Cara limpa, riso franco
Sepultadas as alegorias
Desmascarados os medos
Reluzem as  constelações
Abertas todas as portas
Que levam ao por do sol
Clareia  a manhã festiva
Desabrocham madressilvas
Orvalhadas de ternura
Canteiros de amor perfeito
Espreguiçam nos jardins
Desperta a manhã apressada
Gorjeia a passarada
Dispensa das  toscas máscaras
Imprestáveis para o hoje
Momento de renascer
Sem  medo de ser feliz!


Ana Stoppa

Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 12/03/2013
Código do texto: T4184514
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