À TERRA

Cultivo a terra com o que tenho, minhas mãos, minha alma e meu coração

E ela responde aos meus afagos com o melhor que tem

Sua exuberância, seu frutos, flores e sua beleza descomunal

E não para ai.

O viço vigoroso e invisível das raizes a produzir

A lançar ao ar um verde nunca visto ,

Tão definido e sólido em forma de vida

Ah rica terra !

Caminho com os olhos no seu dorso todos os dias

Como uma criança a contemplar sua mãe

E perco-me no infinito do seu horizonte

Oh ! Terra poderosa!

Fortaleza inexpugnável de fertilidade

Que não nega nada e tudo recebe com naturalidade

Juntos não paramos de produzir, enlevados por um amor telúrico

Não paras de jorrar em mim ,

O rio da vida, que tambem corre pelas minhas veias

E pela minha alma encarnecida

Renovo em tí todas as horas, o ardor juvenil de viver em encantamento

De sublimar os sentimentos pois é tudo que amo e o que mais amo

Ès tu, oh a terra, minha namorada fiel, dócil e taciturna

Que nada me cobra e me ama em silêncio

Que me acolhe hoje e me acolherá no futuro em seu seio quente

E como mãe dadivosa,

Haverá de rapartir-me com outros filhos igualmente amados por tí no processo de transfirmação que é a essência da vida.

Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 16/03/2007
Reeditado em 08/11/2009
Código do texto: T415326
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