APESAR DO RACISMO UMA LUZ
POR SILVÉRIA QUITERENSE
Após minha formatura
contratada pela prefeitura
lecionei no primário
vivenciando minha cultura
numa escola da localidade
sem ter ido à universidade
Durante a adolescência
diziam para ser
alguém importante
não tinham ciência
que a experiência
fazia muita diferença
e que a sabedoria
não guardaria na estante
Visitei meus sonhos,
uma voz interior gritava
programei a Páscoa
tradição da comunidade
numa visão católica
mas, não tinha dinheiro
prefeitura atrasava salários
a situação era difícil
mas não faltava fé
e espontaneidade
Eu e duas colegas sonhadoras
resolvemos ir ao MOC
tomar um empréstimo
e comemorar sabores de educadoras
que não eram redentoras
eram aprendizes de professoras
realizando sonhos de estudantes
e das eternas crianças
que dormiam na infância
da lida da vida, por vezes sofrida
que viam em cada olhar estudantil
uma esperança amiga
e menos doída
O Movimento de Organização Comunitária
emprestava dinheiro para grupos comunitários
porém, para mais de três pesosas
mesmo sabendo, que tínhamos salários
para agilizar o financiamento
comuniquei ao grupo bíblico que eu participava
o grupo bíblico defendeu a causa
a festa da Páscoa, foi um evento
recheado de sentimento
de luta e vitória
de fortalecimento
Entretanto, nestes espaços
sofri com a política de racismo
fui tomada por uma forte timidez
e adoeci!
Mas aos poucos, fui recuperando a auto-estima
ingressando em outros grupos comunitários
lutando por melhorias para a localidade
saciando a dor da gente sofrida do campo
gente minha , minha gente,minha comunidade
Foi assumindo a liderança em diversas lutas
por meio da voz interior que me visitava e dizia:
“ Vá adiante, vença os obstáculos.Você vai vencer!”
“ Olhe para a história de José, ele venceu e foi difícil!”
que compreendi:
As decepções, discriminações que passei na vida
são poucas ,diante dos lucros sociais
que muita gente conseguiu
inclusive eu.
POR SILVÉRIA QUITERENSE
Após minha formatura
contratada pela prefeitura
lecionei no primário
vivenciando minha cultura
numa escola da localidade
sem ter ido à universidade
Durante a adolescência
diziam para ser
alguém importante
não tinham ciência
que a experiência
fazia muita diferença
e que a sabedoria
não guardaria na estante
Visitei meus sonhos,
uma voz interior gritava
programei a Páscoa
tradição da comunidade
numa visão católica
mas, não tinha dinheiro
prefeitura atrasava salários
a situação era difícil
mas não faltava fé
e espontaneidade
Eu e duas colegas sonhadoras
resolvemos ir ao MOC
tomar um empréstimo
e comemorar sabores de educadoras
que não eram redentoras
eram aprendizes de professoras
realizando sonhos de estudantes
e das eternas crianças
que dormiam na infância
da lida da vida, por vezes sofrida
que viam em cada olhar estudantil
uma esperança amiga
e menos doída
O Movimento de Organização Comunitária
emprestava dinheiro para grupos comunitários
porém, para mais de três pesosas
mesmo sabendo, que tínhamos salários
para agilizar o financiamento
comuniquei ao grupo bíblico que eu participava
o grupo bíblico defendeu a causa
a festa da Páscoa, foi um evento
recheado de sentimento
de luta e vitória
de fortalecimento
Entretanto, nestes espaços
sofri com a política de racismo
fui tomada por uma forte timidez
e adoeci!
Mas aos poucos, fui recuperando a auto-estima
ingressando em outros grupos comunitários
lutando por melhorias para a localidade
saciando a dor da gente sofrida do campo
gente minha , minha gente,minha comunidade
Foi assumindo a liderança em diversas lutas
por meio da voz interior que me visitava e dizia:
“ Vá adiante, vença os obstáculos.Você vai vencer!”
“ Olhe para a história de José, ele venceu e foi difícil!”
que compreendi:
As decepções, discriminações que passei na vida
são poucas ,diante dos lucros sociais
que muita gente conseguiu
inclusive eu.