Eu, escrever um livro?

Eu, escrever um livro?

Você que é um

Amor de ternura

Você que é uma

Musa encantadora

Você que é um

Turbilhão de afetos.

Tampouco, sou poeta.

Sou sim, um guerrilheiro

Dos sentimentos

Que tantos são

Que me impõem

A escuridão

Do meu silêncio.

Tu, sim!

Escreves com fina brandura

Fazes para as faces

Diversas molduras

Verdadeiras esculturas

Tatuadas em corações

Com a envergadura das emoções.

A mim

Sobra a réstia

Dos corações em desafeto

Cravada em peito

Estruturas dos desencantos

Borradas e apagadas

Com a tintura dos meus feitos.

Para nós, sim

Fica o desafio

Imposto pelo egoísmo

Do vazio da razão

Que viver é escrever

Preencher com fervor

E a ceifa da paixão

Colhendo o amor

Pois, triste é a solidão.

Paulo Augusto Menezes
Enviado por Paulo Augusto Menezes em 10/02/2013
Reeditado em 24/02/2013
Código do texto: T4132588
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